segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Os santos inocentes de ontem e de hoje

Hoje celebramos a festa dos Santos Inocentes, crianças que foram assassinadas por causa de Cristo. Elas morreram no lugar do menino Jesus. São as primeiras testemunhas do Senhor.
 
Foram mortos por causa da perseguição de Herodes, o chefe politico da época. Sim, infelizmente em muitos lugares do mundo ainda existe uma politica de extermínio de crianças. 

Muitos inocentes são assassinados em nome de ideologias e culturas, muitos são mortos com a aprovação daqueles que deveriam preservar a vida : com os políticos, as pessoas que trabalham na area da saude, e o que é mais doloroso, os pais. 
Sim, quantos pais aprovam o aborto para se livrarem de algo que vai incomodá-los, para se livrar de uma ‘‘coisa’’ que vai atrapalhar a carreira de ambos, ou que vai atrapalhar o relacionamento dos mesmos ?
 
Quando vejo uma cena de violência contra animais confesso que não fico chocado, pois se o homem é capaz de matar uma criança, um bêbê, é porque ele perdeu todo o sentido, todo o respeito pela vida e assim maltratar um animal não é nada para ele. 

 
Infelizmente a cultura de morte, já denunciada pelo Papa João Paulo II, assim como a ditadura do relativismo, também denunciada pelo Papa Bento XVI, junto de ideologias feministas, têm ainda causado grande estrago na humanidade. 

Que enquanto cristãos, possamos rezar e agir para proteger os inocentes.

domingo, 27 de dezembro de 2015

João Paulo II: o Papa das nossas famílias

Este ano, a minha mensagem de Natal dirige-se sobretudo às famílias. 

No fim deste ano que lhes é particularmente consagrado, o nosso pensamento volta-se para o mistério da Sagrada Família. [...] Jesus reza ao Pai dos céus para que todos sejam um: esta oração veio-Lhe aos lábios na véspera da sua Paixão, mas tem-na no seu coração desde o dia em que nasceu: «Pai, faz com "que eles sejam um como nós somos um" (Jo 17, 11).» 

Não estaria a rezar, nesse momento, pela unidade das famílias humanas?
 
É certo que, em primeiro lugar, rezava pela unidade da Igreja; mas a família, apoiada num sacramento específico, é uma célula vital da Igreja e é, em si mesma, uma pequena Igreja doméstica. Desta forma, Jesus rezou, mal veio ao mundo, para que os que acreditam nele exprimam a sua comunhão a partir da unidade profunda das suas famílias; uma unidade que, aliás, fazia parte «desde o princípio» (Mt 19, 4) do desígnio de Deus para o amor conjugal que está na origem da família. [...] Ele, que fez um «dom desinteressado de Si mesmo» ao vir a este mundo, rezou para que todos os homens, ao fundarem uma família, façam para seu bem o dom recíproco e desinteressado de si mesmos: maridos e mulheres, pais e filhos, e todas as gerações que compõem a família, cada um contribuindo com o seu dom particular.

 
Família, Sagrada Família, Família tão estreitamente unida ao mistério que contemplamos no dia do Nascimento do Senhor, guia com o teu exemplo as famílias de todo o mundo! [...] Filho de Deus, vindo até nós no calor de uma família, concede a todas as famílias que cresçam no amor e contribuam para o bem de toda a humanidade. [...] Ensina-as assim a renunciar ao egoísmo, à mentira, à procura desenfreada do lucro pessoal. Ajuda-as a desenvolver os recursos imensos do coração e da inteligência, que crescem quando Tu os inspiras.



sábado, 26 de dezembro de 2015

Deus é Amor e Humor

Um padre estava na porta da Igreja acolhendo os paroquianos para a missa. De repente ele viu um rapaz bêbado, andando de bicicleta, todo descontrolado. O padre então se aproximou dele e lhe convidou para entrar na Igreja para que ele participasse da missa. 

Mas então o bêbado falou:
-Mas e a minha bicicleta?

O padre lhe respondeu:
-Não se preocupe com isso, pode deixar sua bicicleta aqui que Deus vai cuidar dela. 

O bêbado entrou na Igreja para participar da missa. No momento da homilia o padre disse : 
-Filhos e filhas da Igreja de Cristo, saibam vocês que Deus está entre nós!

Então o bêbado se levantou todo desesperado e gritou : 
- O que é isso seu padre ? O senhor disse que Deus ia estar lá fora cuidando da minha bicicleta?

Ser eremita é ser um mártir

No Oficio das Leituras deste dia em que celebramos o martírio de Santo Estevão, S. Fulgêncio de Ruspe nos disse :

Martirio de Santo Estevão
‘‘Ontem, celebrávamos o nascimento temporal de nosso Rei eterno; hoje celebramos o martírio triunfal do seu soldado. Ontem o nosso Rei, revestido de nossa carne e saindo da morada de um seio virginal, dignou-se visitar o mundo; hoje o soldado, deixando a tenda de seu corpo, parte vitorioso para o céu.’’

Acabamos de celebrar o nascimento de Cristo e hoje celebramos um mártir. Celebramos a vida e a vida, pois morrer por Cristo é viver. Santa Terezinha já tinha dito : ‘‘ Não morro, entro na vida.’’

Ser um cristão no mundo de hoje exige o martírio ! Ser um eremita urbano, quer dizer, ser um homem embriagado de Deus, exige o martírio, exige o testemunho, exige viver a radicalidade evangélica.

Um eremita é ser um cristão que busca viver o seu batismo, é ser um homem que tem sede de Deus e que o busca com todas as suas forças !
Sabemos que no mundo de hoje, viver a nossa fé é um grande desafio. Na verdade, sempre foi um grande desafio ser cristão. Origenes, no 2° século, já tinha dito : ‘‘ Ao enfrentar uma tentação o cristão ou sai idólatra, ou sai mártir.’’

Somos constantemente tentados e por isso precisamos escolher : ou sou um idólatra ou sou mártir ! Escolha o martírio ! Que Santo Estevão interceda por nós.



Sermão de Santo Agostinho para o Natal

A verdade brotou da terra e a justiça olhou do alto do céu

Desperta, ó homem: por tua causa Deus se fez homem. Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá (Ef 5,14). Por tua causa, repito, Deus se fez homem.
Estarias morto para sempre, se ele não tivesse nascido no tempo. Jamais te libertarias da carne do pecado, se ele não tivesse assumido uma carne semelhante à do pecado. Estarias condenado a uma eterna miséria, se não fosse a sua misericórdia. Não voltarias à vida, se ele não tivesse vindo ao encontro da tua morte. Terias perecido, se ele não te socorresse. Estarias perdido, se ele não viesse salvar-te.

Celebremos com alegria a vinda da nossa salvação e redenção. Celebremos este dia de festa, em que o grande e eterno Dia, gerado pelo Dia grande e eterno, veio a este nosso dia temporal e tão breve.
Ele se tornou para nós justiça, santificação e libertação, para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor” (1Cor 1,30-31).

A verdade brotará da terra (Sl 84,12), o Cristo que disse: eu sou a verdade (Jo 14,6), nasceu da Virgem. E a justiça olhou do alto do céu (cf. Sl 84,12), porque o homem, crendo naquele que nasceu, é justificado não por si mesmo, mas por Deus.
A verdade brotou da terra porque o Verbo se fez carne (Jo 1,14). E a justiça olhou do alto do céu porque todo o dom precioso e toda a dádiva perfeita vêm do alto (Tg 1,17).

A verdade brotou da terra, isto é, da carne de Maria. E a justiça olhou do alto do céu porque o homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu (Jo 3,27).
Justificados pela fé, estamos em paz com Deus (Rm 5,1) porque a justiça e a paz se beijaram (cf. Sl 84,11) por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo, pois a verdade brotou da terra. Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus (Rm 5,2). Não disse “de nossa glória”, mas da glória de Deus, porque a justiça não procede de nós, mas olha do alto do céu. Portanto, quem se gloria não se glorie em si mesmo, mas no Senhor.

Eis por que, quando o Senhor nasceu da Virgem, os anjos cantaram: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,14 Vulgata).
Como veio a paz à terra senão por ter a verdade brotado da terra, isto é, Cristo ter nascido em carne humana? Ele é a nossa paz: de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14), para que fôssemos homens de boa vontade, unidos uns aos outros pelo suave vínculo da caridade.

Alegremo-nos com esta graça, para que nossa glória seja o testemunho da nossa consciência, e assim nos gloriaremos, não em nós mesmos, mas no Senhor. Por isso disse o Salmista: Vós sois a minha glória que levanta a minha cabeça (Sl 3,4). Na verdade, que graça maior Deus poderia nos conceder do que, tendo um único Filho, fazê-lo Filho do homem e reciprocamente fazer os filhos dos homens serem filhos de Deus?
Procurai o mérito, procurai a causa, procurai a justiça; e vede se encontrais outra coisa que não seja a graça de Deus.




domingo, 20 de dezembro de 2015

“Os poderosos podem me mostrar o seu poder, mas os bebês me mostram o paraíso”.

O Rio de Janeiro andou atraindo as atenções do mundo todo ao receber a Jornada Mundial da Juventude de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, além de estar prestes a sediar os Jogos Olímpicos de 2016. 

Enquanto os holofotes davam amplo destaque à Cidade Maravilhosa, uma mulher salvou mais de 3.000 crianças condenadas ao aborto nas favelas da Baixada Fluminense, praticamente sem chamar atenção nenhuma, nem sequer no próprio país.
Tudo começou de maneira muito simples, há vinte e três anos.

Maria das Dores Hipólito Pires, mais conhecida como Dóris Hipólito, levava uma vida relativamente confortável como professora de história e geografia. A direção da escola onde ela dava aulas lhe pediu que ajudasse algumas das meninas que estavam sofrendo as consequências devastadoras de terem abortado.

Dóris juntou material pró-vida para tentar ajudar aquelas meninas e espalhou o material e a missão entre outros paroquianos. Pouco tempo depois, sentiu a moção interior de promover um rosário público no dia 13 de cada mês, ocasião em que também distribuía folhetos pró-vida. Com o apoio do bispo dom Werner Siebembrok e da Legião de Maria, o pequeno grupo formado por Dóris começou a ajudar, nas periferias e favelas, as mulheres que achavam que não tinham nenhuma alternativa a não ser abortar.

Embora o aborto seja ilegal na maioria dos casos no Brasil, existem muitas “clínicas” que os realizam ilegalmente na Baixada Fluminense, uma região com 3 milhões de cidadãos e com muitas carências sociais.
Dóris vai até a porta dessas “clínicas” e tenta conversar com essas mães, muitas das quais são dependentes químicas e/ou estão sofrendo intensa pressão de terceiros para abortar. Ela as incentiva a ter os filhos, oferecendo-lhes apoio para continuarem a gravidez e, principalmente, para transformarem as suas vidas.

Oito anos atrás, Dóris deu um passo muito corajoso com o apoio da própria família: largar o emprego e passar a trabalhar em tempo integral por aquelas mulheres desesperadas. Em 2007, ela encontrou uma mulher sem-teto, grávida, com deficiências físicas e mentais, que vivia debaixo de um viaduto. Dóris alugou uma pequena casa para cuidar dela. 

Não demorou quase nada para que aparecesse na casa uma segunda mulher grávida também esmagada por necessidades extremas. E outra, e mais outra, e mais outra. Dóris então estabeleceu formalmente a Casa de Amparo Pró-Vida.

Além de manter um lugar seguro e cheio de carinho para cuidar dessas mulheres e dos seus filhos, Dóris ajudou a montar centros pró-vida em igrejas locais para que as mulheres grávidas contassem com mais assistência. Tanto nestes centros quanto na Casa de Amparo, as mulheresgrávidas encontram formação profissional, atendimento médico e um lugar onde trabalhar e viver com dignidade, suprindo as necessidades dos bebês.

Muitas das mulheres que Dóris recebeu se tornaram voluntárias neste mesmo trabalho. A filha de uma das mulheres que ela ajudou há vinte anos é hoje voluntária no acolhimento e no cuidado de outras mulheres em situação de grande vulnerabilidade.

A pressão política vem aumentando muito no Brasil para que o aborto livre seja legalizado no país. Há grupos de ideologia feminista radical que trabalham contra a ação pró-vida realizada por Dóris. Ela já recebeu telefonemas ameaçadores, inclusive com ameaças de morte. Uma mulher que foi inspecionar a Casa de Amparo viu as fotos das crianças que foram salvas do aborto e chegou a exclamar: “Esta casa nunca deveria ter existido!”.

Hoje, Dóris e sua família confiam na Providência Divina para prover as suas necessidades e as de todas as pessoas que são atendidas na Casa de Amparo. Ela espera ampliar as instalações e já conta com a doação de um terreno, mas o projeto está paralisado por falta de fundos. Mesmo com suas limitações, Dóris já testemunhou o triunfo da vida de 160 crianças que foram salvas de abortos ilegais só neste ano.

Dificuldades à parte, Dóris continua firme, sustentada por Deus e pela força da esperança que irradia do rosto das crianças retratadas na sua parede. E quando as coisas ficam particularmente difíceis, ela recita para si mesma: “Os poderosos podem me mostrar o seu poder, mas os bebês me mostram o paraíso”.

Para saber mais sobre Dóris Hipólito e para ajudar na sua incrível missão, acesse: https://www.gofundme.com/hub754 

Você pode acessar também:     
http://www.casadagestanteprovida.com.br/   


Fonte:http://www.bibliacatolica.com.br/blog/destaque-brasileiro-na-midia-catolica-internacional-mulher-carioca-salvou-3-000-bebes-do-aborto/





Deus é Amor e Humor

O Papa Pio XI (Papa de 1922 à 1939) tinha a reputação de ser sério, mas no entanto ele tinha um senso de humor refinado. Um pintor insistiu para que o Papa o deixasse fazer uma pintura sobre ele. 

O artista então pintou em um grande quadro o rosto do Papa Pio XI. Mas ao mostrar ao Papa, ele não se reconheceu naquela pintura. No final, o pintor pediu ao Papa de escrever com seu pincel uma pequena frase no canto do quadro.

Pio XI então escreveu : ‘‘ João, capitulo 6, versiculo 20.’’

O pintor, surpreso, perguntou ao Papa : ‘‘ O que diz essa citação ?’’

O Papa lhe respondeu : ‘‘ Não tenhais medo, sou eu !’’





A alegria do encontro

Na liturgia de hoje vemos a Virgem Maria que vai ao encontro de sua prima Isabel. Maria não vai de qualquer jeito, ela vai apressadamente. E como lemos no Evangelho, esse encontro foi um encontro jubiloso, cheio de alegria !

A Virgem Maria tinha acabado de receber a visita do Arcanjo Gabriel que lhe anunciou que dela nasceria o Filho de Deus, o Senhor, o Rei dos reis. Maria poderia muito bem reclamar o direito de ser servida pois afinal, literalmente ela estava com ‘‘ o Rei na barriga’’ ! Mas não, ela decide ir até a sua prima, ela vai apressadamente, cheia de disposição e alegria para contemplar a Promessa de Deus e se colocar ao serviço de sua parente.

O Papa Francisco têm insistido sobre a cultura do encontro, sobre o fato de que precisamos ir ao encontro do outro. Sim, é verdade, nem sempre temos prazer em estar com certas pessoas, as vezes é pesado estar na companhia de tal pessoa, mas nós, enquanto cristãos somos chamados à deixar nossa zona de conforto para irmos ao encontro do outro.

No século XX Sartre, um grande filósofo francês disse que ‘‘o inferno é o outro.’’ No Evangelho, Cristo, o Filósofo por excelência nos ensina que podemos encontrá-lo no outro, no próximo, sendo assim, o outro não é o meu inferno mas sim o meu céu pois posso encontrar o Senhor nele.

Que a Virgem Maria nos ajude a sairmos da nossa zona de conforto para irmos ao encontro do outro, com alegria e disposição.