domingo, 27 de dezembro de 2015

João Paulo II: o Papa das nossas famílias

Este ano, a minha mensagem de Natal dirige-se sobretudo às famílias. 

No fim deste ano que lhes é particularmente consagrado, o nosso pensamento volta-se para o mistério da Sagrada Família. [...] Jesus reza ao Pai dos céus para que todos sejam um: esta oração veio-Lhe aos lábios na véspera da sua Paixão, mas tem-na no seu coração desde o dia em que nasceu: «Pai, faz com "que eles sejam um como nós somos um" (Jo 17, 11).» 

Não estaria a rezar, nesse momento, pela unidade das famílias humanas?
 
É certo que, em primeiro lugar, rezava pela unidade da Igreja; mas a família, apoiada num sacramento específico, é uma célula vital da Igreja e é, em si mesma, uma pequena Igreja doméstica. Desta forma, Jesus rezou, mal veio ao mundo, para que os que acreditam nele exprimam a sua comunhão a partir da unidade profunda das suas famílias; uma unidade que, aliás, fazia parte «desde o princípio» (Mt 19, 4) do desígnio de Deus para o amor conjugal que está na origem da família. [...] Ele, que fez um «dom desinteressado de Si mesmo» ao vir a este mundo, rezou para que todos os homens, ao fundarem uma família, façam para seu bem o dom recíproco e desinteressado de si mesmos: maridos e mulheres, pais e filhos, e todas as gerações que compõem a família, cada um contribuindo com o seu dom particular.

 
Família, Sagrada Família, Família tão estreitamente unida ao mistério que contemplamos no dia do Nascimento do Senhor, guia com o teu exemplo as famílias de todo o mundo! [...] Filho de Deus, vindo até nós no calor de uma família, concede a todas as famílias que cresçam no amor e contribuam para o bem de toda a humanidade. [...] Ensina-as assim a renunciar ao egoísmo, à mentira, à procura desenfreada do lucro pessoal. Ajuda-as a desenvolver os recursos imensos do coração e da inteligência, que crescem quando Tu os inspiras.